Hoje inaugura em Choveville uma casa noturna que vai custar dois mil reais a mesa. Ou seja, alguém vai dispor de dois mil reais, mais do que ganho em um mês, para passar a noite.
E mesmo que alguém me diga que a mesa é para cinco ou seis, que se foda porra. Tô falando da quantia caralho, dois (2000), isso mesmo dois mil reias.
E aí pergunto: Cadê a crise? Quem é que vai pagar a conta? Cadê a queda disso e daquilo?
Cidadezinha de merda que não tem um teatro acessível, que um bando paga caro para ver um artista de merda da globo e não sabe de nenhum grupo de teatro da cidade, aliás, nem sabe que a cidade tem teatro. E o único que funciona tem que dividir espaço com a Conurb.
Cidadezinha de merda onde existem cada vez menos lugares públicos, e o que tem não é público. Fique em casa!!! Ou vá para recreativa, porque lá eu te controlo.
Cidadezinha de merda onde as praças são calçadas e não gramadas. Cidade das contradições, onde tem a festa das flores mas não tem nenhum lugar para eu vê-las.
Cidadezinha de merda onde ciclovias são eliminadas. Cidade das contradições, onde se chama de Cidade das bicicletas, mas se orgulha dos seus corredores de ônibus.
Cidadezinha de merda onde a diversão dos seus habitantes é ir ao supermercado. Ou então ao shopping, com a certeza que isso é lazer.
Cidadezinha de merda onde se diz Cidade do Trabalho, e o partido que se diz trabalhador é rachado, capaz de criar um vereador de merda para concorrer no mesmo bairro de outro que não é de merda, mas assusta. E o idiota do trabalhador da cidade do trabalho se caga de medo de tudo, e aceita que lhe caguem na cabeça, preservando seu empreguinho que também é uma merda. Para pagar o aluguel, ou a prestação da casinha lá na casa do caralho, em uma rua de barro, que quando for calçada vai ganhar uma placa de algum vereador filho da puta, que é claro mandou fazer a placa.
Cidade das contradições onde se diz que o ensino está acima da média nacional, e seus alunos não sabem ler uma notícia.
Cidadezinha de merda cheia de pessoas que se dizem “de origem”, com uma história mal contada e recontada por um bando de professores de merda também.
Pois é, tem gente que vai gastar dois mil reais hoje, nada contra, que enfiem seu dinheiro no cú, mas não venha me falar em crise e em “contenção de despesas”.
Cidadezinha de merda que não para de chover e me enche a alma de vontade de voar para bem longe, chuva que me carrega de uma tristeza que não sei de onde vem, de amigos que não vi mais, de livros que nunca vou ler, de gente que é ruim e a gente sabe só de olhar, de besteiras que fiz e gente que magoei... que merda.
Vou fumar mais um Marlboro e ver se passa.
Tchau Joinville.
E mesmo que alguém me diga que a mesa é para cinco ou seis, que se foda porra. Tô falando da quantia caralho, dois (2000), isso mesmo dois mil reias.
E aí pergunto: Cadê a crise? Quem é que vai pagar a conta? Cadê a queda disso e daquilo?
Cidadezinha de merda que não tem um teatro acessível, que um bando paga caro para ver um artista de merda da globo e não sabe de nenhum grupo de teatro da cidade, aliás, nem sabe que a cidade tem teatro. E o único que funciona tem que dividir espaço com a Conurb.
Cidadezinha de merda onde existem cada vez menos lugares públicos, e o que tem não é público. Fique em casa!!! Ou vá para recreativa, porque lá eu te controlo.
Cidadezinha de merda onde as praças são calçadas e não gramadas. Cidade das contradições, onde tem a festa das flores mas não tem nenhum lugar para eu vê-las.
Cidadezinha de merda onde ciclovias são eliminadas. Cidade das contradições, onde se chama de Cidade das bicicletas, mas se orgulha dos seus corredores de ônibus.
Cidadezinha de merda onde a diversão dos seus habitantes é ir ao supermercado. Ou então ao shopping, com a certeza que isso é lazer.
Cidadezinha de merda onde se diz Cidade do Trabalho, e o partido que se diz trabalhador é rachado, capaz de criar um vereador de merda para concorrer no mesmo bairro de outro que não é de merda, mas assusta. E o idiota do trabalhador da cidade do trabalho se caga de medo de tudo, e aceita que lhe caguem na cabeça, preservando seu empreguinho que também é uma merda. Para pagar o aluguel, ou a prestação da casinha lá na casa do caralho, em uma rua de barro, que quando for calçada vai ganhar uma placa de algum vereador filho da puta, que é claro mandou fazer a placa.
Cidade das contradições onde se diz que o ensino está acima da média nacional, e seus alunos não sabem ler uma notícia.
Cidadezinha de merda cheia de pessoas que se dizem “de origem”, com uma história mal contada e recontada por um bando de professores de merda também.
Pois é, tem gente que vai gastar dois mil reais hoje, nada contra, que enfiem seu dinheiro no cú, mas não venha me falar em crise e em “contenção de despesas”.
Cidadezinha de merda que não para de chover e me enche a alma de vontade de voar para bem longe, chuva que me carrega de uma tristeza que não sei de onde vem, de amigos que não vi mais, de livros que nunca vou ler, de gente que é ruim e a gente sabe só de olhar, de besteiras que fiz e gente que magoei... que merda.
Vou fumar mais um Marlboro e ver se passa.
Tchau Joinville.
11 comentários:
Quem faz a cidade são pessoas e,ao menos que você seja um mutante ou um ET ,também és culpada pela merda da cidade ,que está inserida num contexto muito maior,de cidades interioranas que vivem para o trabalho e são lideradas por uma elite(zinha ) provinciana ,que domina o trabalhador com uma idelogia (zinha)que o faz pensar que a maior alegria é fazer compra no supermercado ,o que infelizmente às vezes nem é possível ,as vezes esse trabalhador não pode nem chorar ,com crises existencialistas ,não dá prareclamar de falta de teatro quando se tem um filho pra alimentar.Ah pegue uma chuva e vá ao teatro :
http://ajote.blogspot.com/
Cara, Joinville é isso ae.
Eu penso que se existem cidades contemporâneas com pessoas de visão (NY, Paris, Londres) o posto tb deve existir, certo?
então por isso existe Joinville.
Essa cidade é resultado de um triste equilíbrio matemático universal e místico, ninguém sabe como existe ou acontece, apenas existe e acontece desse jeito.
Bem, vc chegou aqui a pouco tempo, é isso?
pq vieste pra cá?
se vc pretende ficar aqui por mais algum tempo sugiro que vc arrume um bom terapeuta, ou faça algum serviço social! Senão vai enlouquecer, ou pior, vai virar aquelas pessoas chatas que ninguem suporta ficar perto pq só reclamam e são mau humoradas!
Mas tb veja pelo lado bom de estar em Jlle; qdo vc sair daqui dará muito mais valor ao lugar onde vc estiver!
ps: não exite crise para pessoas realmente ricas, elas estão acimas disso. vc já devia saber disso.
Há quanto tempo você mora em Jlle?Parece conhecer bem a cidade pra alguém que acabou de chegar! Concordo com muitas das coisas que vc diz, mas eu conheço bem a cidade... morei a minha vida toda aqui, minha família, migrante assim como meus vizinhos e assim como quase todo mudo que mora aqui, ajudou a construí-la, e apesar desse poço de contradições que ela pode parecer... no fundo é uma cidade fantástica e acolhedora! Pelo menos pra toda essa população de migrantes que chegou desde a década de 60 e vem chegando até agora! Às vezes o problema está na gente mesmo (pense nisso!) Jlle nem tem muitas boates, não se estresse com isso, pq não é privilégio daqui!
Descobri o seu blog e gostei bastante dele, e gostei também da descrição que vc faz de si própria... da sua história de vida... mas alguma coisa me diz que quem escreve esse blog não é essa pessoa. Sei lá... é isso que parece!
Seus contos me ajudaram e muito a pensar na minha postura machista e sexista e tenho refletido e esta ajudando muito.
Abraços
e dai que joinville é uma merda. melhor do que sao paulo q é um baita de um cacete
Ha Beatriz ...
se não fosses casada ...
casaria tintigo !
Parabéns !
Putz...eu fiquei 7 dias na cidade e tive a mesma impressão! rs
Pela sua raiva, vc deve estar aí há muito tempo! rs
Nem que me paguem eu volto pra essa cidade. Engraçado que no meu primeiro dia na cidade uma lojista me perguntou de onde eu era. Quando eu falei que era de SP ela disse: "Como você aguenta aquilo?". kkkkkkkkkk!
No segundo dia eu já tava com saudade do engarrafamento na Marginal! rs
Acho que não entendi o espírito da cidade. O pouco que eu fiquei me permitiu ter essa impresssão: chuva 24 horas por dia, quando para de chover o calor fica insuportável. O aeroporto tá sempre fechado. As pessoas também. rs. As ruas são feias pra cacete. Não tem lugar pra sair. As mulheres q falaram q eram lindas eu não vi. Enfim...espero estar errado pelo menos em algum quesito (talvez as pessoas sejam legais...)
A vantagem de Joinville é que pior ela não pode ficar. Só tende a melhorar!. rs
Cara, essa cidade é uma merda mesmo, moro a mais de 7 anos e não vejo a hora de vazar daqui...
Para que nunca morou aqui, NÃO VENHAM PARA CÁ, cidade de escravidão e racismo intenso.
Joinville e uma merda mesmo! Bem adequado para os joinvilenses!
Nunca morei em Joinville, mas sei muito bem a sensação de morar em um lugar ruim. Fiz um intercâmbio de 1 ano em Vancouver, no Canadá, e voltei para terminar a minha faculdade que eu tinha trancado. Terminei e, logo depois, arrumei emprego em outra cidade. Que lixo de lugar. Não tinha nada. Tudo sujo, sem estrutura, pessoas de mentalidade medíocre e estilo de vida patético. Quando voltei do Canadá para a minha cidade no Brasil eu já senti diferença, mas quando me mudei para a cidade podre, aí minha vida virou um inferno. A sensação é horrível mesmo. Geralmente são só as pessoas que nasceram e viveram a vida toda nesses lugares que costumam gostar de viver neles. Ainda bem que vazei fora para um lugar melhor.
Essa cidade é uma grande bosta
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