Universidade e universitários

Na última sexta-feira eu e uma amiga fomos lá na UDESC e na UNIVILLE conhecer os cursos que eles oferecem, se tem bolsa, quanto custa (no caso da Univile), qual o horário e tudo mais.
Estudei em uma excelente escola lá na minha cidade, iria fazer faculdade, mas daí casei e isso ficou no esquecimento. Como estou tentando fazer várias coisas que deixei para trás devido ao canalha que me enchia de porrada e depois chorava pedindo desculpas, fui com essa amiga até lá ver no que que dava. Quem sabe não é mesmo?

Bom, depois fomos até o barzinho que fica na frente tomar uma cerveja já que era sexta-feira.

Foi aí que minhas surpresas começaram:

Primeiro com os carros de som. Não, não havia carnaval por lá, mas alguns caras que pensavam que o som dos seus carros era aquilo que todos gostariam de escutar, ficavam parecendo macaquinhos, bebendo, olhando para os lados, falando alto e mexendo com qualquer mulher que passasse. Foi uma decepção, pensei que iria sentar no bar e bater um papo legal com universitários cheios de conhecimento, com vontade de falar sobre qualquer assunto. Mas para conversar tinha que berrar.

Bom, depois acabamos recebendo dois estudantes em nossa mesa, eram até bonitinhos, só que só falavam bobagem. Seus assuntos giravam entre futebol e carro, com breves entradas na programação da televisão, dentre elas a maldita Fazenda (uma vez assisti um filme chamado Colheita Maldita, onde morria uma galera, seria bom se isso acontecesse lá com aquele programa). Pois bem, pasmem agora, os caras estudam Direito, é isso aí, além de estúpidos, machistas e burros, eles imaginavam que aquilo lhes dava algum ar de superioridade sobre os meros mortais que nem eu e minha amiga que trabalhamos em fábricas. Para vocês terem uma idéia, um dos caras levava uma gravata na bolsa. Acredita? Ele não trabalha, não se formou ainda, não fez o concurso lá que eles tem que fazer... mas já anda com uma gravata.

No final, depois de não agüentar a conversa dos caras nos retiramos, não sem ter que insistir com os babacas que não queríamos carona.

A surpresa maior viria em seguida, quando caminhávamos em direção ao ponto do ônibus eu olhei para trás e vi o chão imundo, copos de plástico jogados no chão para tudo que é lado. Fiquei me perguntando: O que é que ensinam na tal de universidade então? Alguém pode até dizer que isso não se aprende ali, mas se não for ali vai ser aonde? Um dos caras idiotas até que falou um coisa que ainda não sei se é inteligente, mas fiquei pensando: ele disse que estava torcendo para a gente entrar na universidade, e blá, blá, blá e que eu e minha amiga faríamos parte de uma elite no Brasil.

Fiquei pensando, que merda de elite que não sabe nem jogar um copo de plástico na lata de lixo.

2 comentários:

Marco - uma cena poética disse...

O Blog “Marco – uma cena poética” visa publicar o processo de montagem da peça "Marco", da CIA Rústico Teatral, contemplada no Edital de Incentivo à Cultura da Fundação Cultural de Joinville (FCJ) A peça "Marco" é baseada no “Livro de Marco” do escritor Flávio Carneiro, que foi licenciada pela ABRAMUS. A estréia da peça está marcada para 16 de novembro de 2009.

Anônimo disse...

Ir visitar faculdade sexta a noite? Conta outra. Sobre o lixo é uma vergonha. A UDESC é séria. A UNIVILLE não.